Oração do dia 31/01 – São João Bosco
Ó Deus, que suscitastes São João Bosco para educador e pai dos adolescentes, fazei que, inflamados da mesma caridade, procuremos a salvação de nossos irmãos e irmãs, colocando-nos inteiramente ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ofício das Leituras – Liturgia das horas
SÃO JOÃO BOSCO
Segunda Leitura
Das Cartas de São João Bosco, presbítero
(Epistolario, Torino 1959, 4,201-203) (Séc.XIX)
Sempre trabalhei com amor
Antes de mais nada, se queremos ser amigos do verdadeiro bem de nossos alunos e
levá-los ao cumprimento de seus deveres, é indispensável jamais vos esquecerdes de
que representais os pais desta querida juventude. Ela foi sempre o terno objeto dos meus
trabalhos, dos meus estudos e do meu ministério sacerdotal; não apenas meu, mas da
cara congregação salesiana.
Quantas vezes, meus filhinhos, no decurso de toda a minha vida, tive de me convencer
desta grande verdade! É mais fácil encolerizar-se do que ter paciência, ameaçar uma
criança do que persuadi-la. Direi mesmo que é mais cômodo, para nosa impaciência e
nossa soberba, castigar os que resistem do que corrigi-los, suportando-os com firmeza e
suavidade.
Tomai cuidado para que ninguém vos julgue dominados por um ímpeto de violenta
indignação. É muito difícil, quando se castiga, conservar aquela calma tão necessária
para afastar qualquer dúvida de que agimos para demonstrar a nossa autoridade ou
descarregar o próprio mau humor.
Consideremos como nossos filhos aqueles sobre os quais exercemos certo poder.
Ponhamo-nos a seu serviço, assim como Jesus, que veio para obedecer e não para dar
ordens; envergonhemo-nos de tudo o que nos possa dar aparência de dominadores; e se
algum domínio exercemos sobre eles, é para melhor servirmos.
Assim procedia Jesus com seus apóstolos; tolerava-os na sua ignorância e rudeza, e até
mesmo na sua pouca fidelidade. A afeição e a familiaridade com que tratava os
pecadores eram tais que em alguns causava espanto, em outros escândalo, mas em
muitos infundia a esperança de receber o perdão de Deus. Por isso nos ordenou que
aprendêssemos dele a ser mansos e humildes de coração.
Uma vez que são nossos filhos, afastemos toda cólera quando devemos corrigir-lhes as
faltas ou, pelo menos, a moderemos de tal modo que pareça totalmente dominada.
Nada de agitação de ânimo, nada de desprezo no olhar, nada de injúrias nos lábios;
então sereis verdadeiros pais e conseguireis uma verdadeira correção.
Em determinados momentos muito graves, vale mais uma recomendação a Deus, um
ato de humildade perante ele, do que uma tempestade de palavras que só fazem mal a
quem as ouve e não têm proveito algum para quem as merece.
Fonte: Liturgia das Horas.
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