Oração do dia 27/05

Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais, e vossa Igreja vos possa servir, alegre e tranqüila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ofício das Leituras – Liturgia das horas

Segunda Leitura
Dos Livros “Moralia” sobre Jó, de São Gregório Magno, papa

saoleaomagno

(Lib. 10,47-48: PL75,946-947) (Séc.VI)

Testemunha interior

Quem é escarnecido por seu amigo, como eu, invocará a Deus que o atenderá. Com

freqüência o espírito fraco, ao receber o bafejo da fama humana por suas boas ações,

deixa-se levar para as alegrias exteriores, chegando a interessar-se menos pelo que

deseja interiormente. Deleita-se, então, languidamente no que ouve de fora. Alegra-se

mais por ser chamado de bem-aventurado do que por sê-lo de fato. Esperando com

avidez as palavras de elogio, abandona o que começara a ser. Separa-se de Deus

justamente naquilo que deveria ser louvado em Deus.

Às vezes, ao contrário, o homem firma-se com constância no agir reto e, no entanto, é

maltratado pelas zombarias humanas. Faz coisas admiráveis e só encontra opróbrios.

Podendo exteriorizar-se pelos louvores, é repelido pelas afrontas e volta-se para dentro

de si mesmo. Em seu íntimo, enche-se de tanto maior força em Deus quanto não

encontra fora onde repousar. Fixa toda a sua esperança no Criador e, entre as zombarias

ruidosas invoca sua única testemunha, a interior. Torna-se assim o espírito aflito, tanto

mais próximo de Deus quanto mais estranho aos aplausos humanos. Expande-se sem

cessar em oração e, premido no exterior, com mais nitidez se purifica para penetrar nos

bens interiores. É com razão, pois, que aqui se diz: Quem é escarnecido pelo amigo,

como eu, invocará a Deus que o atenderá, porque quando os maus censuram a intenção

dos bons, revelam que testemunha desejam para seus atos. O espírito ferido mune-se de

força pela oração e alcança ouvir dentro de si as palavras do alto por ter-se separado do

louvor humano.

É de notar a justeza do inciso: como eu; pois há alguns que são depreciados pelas

críticas humanas, mas que não são atendidos pelos ouvidos divinos. Porque a zombaria

provocada pela culpa não importa em nenhum mérito da virtude.

Ri-se da simplicidade do justo: a sabedoria deste mundo está em esconder as

maquinações do coração, velar o sentido das palavras, mostrar como verdadeiro o que é

falso, demonstrar ser errado aquilo que é verdadeiro.

Pelo contrário, a sabedoria dos justos consiste em nada fingir por ostentação; declarar o

sentido das palavras; amar as coisas verdadeiras tais como são; evitar as falsas; fazer o

bem gratuitamente; preferir tolerar de bom grado o mal a fazê-lo; não procurar vingança

contra a injúria; reputar lucro a afronta, em bem da verdade. Zomba-se, porém, desta

simplicidade dos justos porque para os prudentes deste mundo a virtude da pureza de

coração é tida por loucura. Tudo quanto se faz com inocência,eles reputam tolice e

aquilo que a verdade aprova nas ações, soa falso à sabedoria humana.

Fonte: Católico Orante.

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Paróquia Imaculado Coração de Maria

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