Oração do dia 24/04 – Quarta-feira na Oitava da Páscoa

Evangelho do dia comentado

24 de abril de 2019 – Quarta-feira na Oitava da Páscoa

Ó Deus, que nos alegrais todos os anos com a solenidade da ressurreição do Senhor, concedei-nos, pelas festas que celebramos nesta vida, chegar às eternas alegrias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Lucas 24,13-35
Aleluia, aleluia, aleluia.
Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
24 13 Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios.
14 Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado.
15 Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles.
16 Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram.
17 Perguntou-lhes, então: “De que estais falando pelo caminho, e por que estais tristes?”
18 Um deles, chamado Cléofas, respondeu-lhe: “És tu acaso o único forasteiro em Jerusalém que não sabe o que nela aconteceu estes dias?”
19 Perguntou-lhes ele: “Que foi?” Disseram: “A respeito de Jesus de Nazaré. Era um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo.
20 Os nossos sumos sacerdotes e os nossos magistrados o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram.
21 Nós esperávamos que fosse ele quem havia de restaurar Israel e agora, além de tudo isto, é hoje o terceiro dia que essas coisas sucederam.
22 É verdade que algumas mulheres dentre nós nos alarmaram. Elas foram ao sepulcro, antes do nascer do sol;
23 e não tendo achado o seu corpo, voltaram, dizendo que tiveram uma visão de anjos, os quais asseguravam que está vivo.
24 Alguns dos nossos foram ao sepulcro e acharam assim como as mulheres tinham dito, mas a ele mesmo não viram”.
25 Jesus lhes disse: “Ó gente sem inteligência! Como sois tardos de coração para crerdes em tudo o que anunciaram os profetas!
26 Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse na sua glória?”
27 E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava dito em todas as Escrituras.
28 Aproximaram-se da aldeia para onde iam e ele fez como se quisesse passar adiante.
29 Mas eles forçaram-no a parar: “Fica conosco, já é tarde e já declina o dia”. Entrou então com eles.
30 Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho.
31 Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram mas ele desapareceu.
32 Diziam então um para o outro: “Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”
33 Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam.
34 Todos diziam: “O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão”.
35 Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.
Palavra da Salvação.

Evangelho comentado

CORAÇÕES LENTOS PARA CRER

A fé na ressurreição consolidou-se no coração dos discípulos de maneira muito lenta. O choque provocado pela crucifixão do Mestre causou-lhes um impacto enorme. Embora tivesse demonstrado ser “um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo”, Jesus fora condenado à morte reservada ao malditos e marginais. Com isto, os discípulos viam esvair-se sua esperança de ver Israel libertado da opressão estrangeira, e reconquistar a condição de povo livre, segundo o querer do Pai.
A decepção deu lugar à deserção. Seria inútil dar continuidade ao grupo formado pelo Mestre quando ele ainda vivia, já que, diante da cruz, tudo quanto dissera e fizera tinha perdido sua consistência. Conseqüentemente, nem merecia ser recordado. Era tempo de colocar um ponto final nessa experiência que despontara tão promissora!
A superação deste desânimo deu-se após um lento processo de repensamento, à luz das Escrituras, de tudo quanto acontecera com o Senhor. Foi preciso que os discípulos vissem a cruz com uma perspectiva aberta, relacionando-a com o conjunto da vida do Mestre, relida à luz do cumprimento do desígnio de Deus.
Na medida em que se deslanchava um processo de compreensão da ressurreição, eles experimentavam uma profunda mudança interior. Revigorados na fé, reconheceram ser preciso voltar à vida de comunidade e se tornar proclamadores da ressurreição.

Fonte: Dom Total.

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