Oração do dia 23/07
Liturgia das Horas – Segunda-feira
Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Da Carta aos Magnésios, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e mártir
(Nn.6,1-9,2: Funk 1,195-199) (Séc.I)
Uma só oração, uma esperança na caridade, na santa alegria
Contemplando na fé e amando, nas pessoas acima mencionadas, toda a comunidade, eu
vos exorto a empregardes todo o empenho em fazer tudo na concórdia de Deus, sob a
presidência do bispo, em lugar de Deus, e dos presbíteros em lugar do senado
apostólico, bem como dos diáconos, meus caríssimos. A eles, com efeito, foi confiado o
ministério de Jesus Cristo, que antes dos séculos era com o Pai e apareceu no fim dos
tempos. Todos, então, recebida a mesma vida divina, respeitai-vos mutuamente e
ninguém considere o próximo segundo a carne, mas amai-vos sempre uns aos outros em
Jesus Cristo. Nada haja em vós que vos possa separar. Uni-vos ao bispo e aos que
presidem, como uma figura e demonstração da imortalidade.
Da mesma forma que, sem o Pai unido a ele, o Senhor nada fez por si nem pelos
apóstolos, assim também vós, sem o bispo e os presbíteros, nada executeis. Também
não tenteis fazer passar por coisa boa o que se fizer em separado. Reunindo-vos, porém,
seja uma só oração, uma só súplica, um só modo de pensar, uma só esperança na
caridade, na santa alegria, pois um só é Jesus Cristo, mais excelente do que tudo.
Acorrei todos como a um só templo de Deus, como a um só altar, a um só Jesus Cristo,
que proveio de um só Pai, com ele só esteve e a ele voltou.
Não vos deixeis seduzir por doutrinas estranhas e velhas e inúteis fábulas. Se ainda
vivemos de acordo com a lei judaica, confessamos não ter ainda recebido a graça. Pois
os santos profetas já viveram em conformidade com Jesus Cristo. Por este motivo,
inspirados por sua graça, sofreram perseguição, a fim de incutir certeza nos incrédulos
de que há um só Deus, que se manifestou por Jesus Cristo, seu Filho, seu Verbo brotado
do silêncio, que em tudo agradou àquele que o enviara.
Há quem negue a ressurreição de Cristo. Como isto é possível, se por ela recebemos o
mistério da fé e por sua causa nos constituímos discípulos de Cristo, nosso único
doutor? Se, pois, os que viveram sob a antiga economia chegaram à nova esperança, e
assim não mais respeitam o sábado, porém, o domingo, no qual nossa vida ressurgiu por
Cristo e sua morte, como poderemos viver sem ele, a quem os profetas esperaram como
mestre e de quem já eram discípulos pelo espírito? Por esta razão, ao vir aquele a quem
esperavam com justiça, foram ressuscitados dos mortos.
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