Oração do dia 20/06
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Do Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão, de São Gregório de Nissa, bispo
(PG46,254-255) (Séc. IV)
O cristão, outro Cristo
Paulo sabe quem é Cristo, mais acuradamente do que todos. Com efeito, por suas
atitudes mostrou como deve ser quem recebe o nome do Senhor, porque o imitou tão
exatamente que revelou em si mesmo o próprio Senhor. Por tal imitação cheia de amor,
transferiu seu espírito para o Exemplo, de modo que não mais parecia ser Paulo e sim
Cristo, como ele mesmo bem o diz, reconhecendo a graça em si: Quereis uma prova
daquele que em mim fala, o Cristo. E mais: Vivo eu, já não eu, mas é Cristo quem vive
em mim.
Manifestou então para nós que força possui este nome de Cristo, ao dizer que Cristo é a
Virtude de Deus, a Sabedoria de Deus e deu-lhe os nomes de Paz, Luz inacessível onde
Deus habita, Expiação, Redenção, máximo Sacerdote e Páscoa, Propiciação pelas
almas, Esplendor da glória e Figura de sua substância, Criador dos séculos, Alimento e
Bebida espirituais, Pedra e Água, Fundamento da fé e Pedra angular, Imagem do Deus
invisível, grande Deus, Cabeça do Corpo da Igreja, Primogênito da nova criação,
Primícias dos que adormeceram, Primogênito entre os mortos, Primogênito entre muitos
irmãos, Mediador entre Deus e os homens, Filho unigênito coroado de glória e de honra,
Senhor da glória, Princípio das coisas e Rei da justiça, e ainda de Rei da paz, Rei de
tudo, Possuidor do domínio sobre o reino que não tem limites.
Com esses e outros nomes do mesmo gênero designou o Cristo, nomes tão numerosos
que não se pode contá-los com facilidade. Se forem combinadas e enfeixadas as
significações de cada um, eles nos mostrarão o admirável valor e majestade deste nome,
Cristo, que é impossível de traduzir-se por palavras, mas pode ser demonstrado, na
medida em que conseguimos entendê-lo com nosso espírito.
Por ter a bondade de nosso Senhor nos concedido o primeiro, o maior e o mais divino
de todos os nomes, o nome de Cristo, nós somos chamados “cristãos”. É necessário,
então, que se vejam expressos em nós todos os outros nomes que explicam o nome do
Senhor, para não sermos falsamente ditos “cristãos”; mas o testemunhemos com nossa
vida.
Fonte: Católico Orante.
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