Oração do dia 19/02
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Dos Capítulos sobre a Caridade, de São Máximo Confessor, abade
(Centuria 1, cap. 1,4-5.16-17.23-24.26-28.30-40: PG 90,962-967) (Séc.VIII)
Sem a caridade, tudo é vaidade das vaidades
A caridade é a boa disposição do espírito, que nada coloca acima do divino
conhecimento. Ninguém poderá jamais alcançar uma caridade permanente de Deus, se
estiver preso pelo espírito a qualquer coisa terrena.
Quem ama a Deus antepõe o conhecimento e a ciência dele a toda sua criatura. Nele
pensa incessantemente com íntimo desejo e amor.
Se todas as coisas que existem têm Deus por criador e por ele foram feitas, então Deus,
que assim as criou, como não será incomparavelmente de maior valor? Quem abandona
a Deus, o bem insuperável e se entrega ao que é pior, dá provas de considerar Deus
abaixo da criação.
Quem me ama, diz o Senhor, guardará meus mandamentos. É este o meu mandamento:
que vos ameis uns aos outros. Portanto, quem não ama o próximo, não guarda o
mandamento. Quem não guarda o mandamento, também não pode amar o Senhor.
Feliz o homem que é capaz de amar igualmente todos os homens.
Quem ama a Deus, ama também sem exceção o próximo. Sendo assim, não consegue
guardar seu dinheiro, mas gasta-o divinamente, dando a quem quer que dele precise.
Quem, à imitação de Deus, dá esmolas, não faz diferença nas necessidades corporais
entre bons e maus, porém a todos igualmente distribui em vista da indigência real.
Contudo, em atenção à boa vontade, prefere o virtuoso e diligente ao mau.
A caridade não se revela apenas nas esmolas em dinheiro. Muito mais em partilhar a
doutrina e em prestar serviços corporais.
Quem, verdadeiramente, de coração, rejeita as coisas mundanas e, sem fingimento, se
entrega aos serviços de caridade para com o próximo, este, bem depressa liberto dos
vícios e paixões, torna-se participante do amor e ciência de Deus.
Quem encontrou em si a caridade divina, sem cansaço, sem fadiga, segue o Senhor, seu
Deus, conforme o admirável Jeremias, mas com fortaleza de ânimo suporta todo labor,
opróbrio e injúria, sem nada pensar de mal.
Não digais, diz o profeta Jeremias, somos o templo do Senhor. Tu também não digas:
“A fé nua, sem mais, em nosso Senhor Jesus Cristo, pode conceder-me a salvação”. Isto
não pode ser se não lhe unires também o amor por ele mediante as obras. Quanto à
simples fé: Os demônios também crêem e tremem.
Obra de caridade é prestar de boa vontade benefícios ao próximo como também a
longanimidade e a paciência; e ainda, usar das coisas com discernimento.
Fonte: Liturgia das Horas.
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