Oração do dia 19/01
Evangelho do dia comentado
19 de janeiro de 2019
Ó Deus, atendei como pai às preces do vosso povo; dai-nos a compreensão dos nossos deveres e a força de cumpri-los. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Marcos 2,13-17
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
2 13 Jesus saiu de novo para perto do mar e toda a multidão foi ter com ele, e ele os ensinava.
14 Quando ia passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto da arrecadação e disse-lhe: “Segue-me.” E Levi, levantando-se, seguiu-o.
15 Em seguida, pôs-se à mesa na sua casa e muitos cobradores de impostos e pecadores tomaram lugar com ele e seus discípulos; com efeito, eram numerosos os que o seguiam.
16 Os escribas, do partido dos fariseus, vendo-o comer com as pessoas de má vida e publicamos, diziam aos seus discípulos: “Ele come com os publicamos e com gente de má vida?”
17 Ouvindo-os, Jesus replicou: “Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos; não vim chamar os justos, mas os pecadores.”
Palavra da salvação.
Comentário do Evangelho
DA MARGINALIZAÇÃO AO DISCIPULADO
A passagem de Jesus pela vida de Levi provocou nele uma transformação considerável. Ele saiu imediatamente da marginalização sócio-religiosa para ingressar no discipulado, ao aceitar o convite do Mestre, exigindo dele a renúncia a uma atividade odiosa aos olhos de seus contemporâneos. Doravante, Levi não seria mais um publicano, e sim um discípulo de Jesus. A opção religiosa desse discípulo teve conseqüências também no plano social.
Na percepção de Jesus, porém, a mudança na vida de Levi deu-se num nível bem diverso. A discriminação, devida à profissão de cobrador de impostos, era irrelevante para o Mestre. Este procurava colocar-se acima dos preconceitos humanos. Importava-lhe, antes, o que se passava no coração de Levi, sentado no seu local de trabalho. Embora vivendo num ambiente corrompido e corruptor, sem dúvida, ele mantinha um elevado padrão de religiosidade. Os preconceitos que recaíam sobre sua categoria profissional não foram suficientes para levá-lo a apegar-se aos bens materiais. Assim, quando Jesus passou, estava suficientemente livre para segui-lo, sem restrições.
Ninguém ficou sabendo da mudança operada na vida de Levi, além dele mesmo, e do próprio Mestre. O homem de fé viu concretizar-se o que, até então, era objeto de esperança. Seguir o Messias Jesus significava ver realizada a promessa divina. Assim, mais que uma marginalização social, Levi superou a verdadeira marginalização religiosa, ao se fazer discípulo do Reino.
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