Oração do dia 17/08

Ó Deus, preparastes para quem vos ama bens que nossos olhos não podem ver; acendei em nossos corações a chama da caridade para que, amando-vos em tudo e acima de tudo, corramos ao encontro das vossas promessas que superam todo desejo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ofício das Leituras – Liturgia das horas

Segunda Leitura
Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

santoantoniodepadua

(Sermo Caillau-Saint-Yves 2,92: PLS 2,441-442) (Séc.V)

Quem perseverar até o fim, esse será salvo

Qualquer angústia ou tribulação que sofremos é para nós aviso e também correção. As Sagradas

Escrituras não nos prometem paz, segurança e repouso; o Evangelho não esconde as

adversidades, os apertos, os escândalos; mas quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt

10,22). Que de bom teve jamais esta vida desde o primeiro homem, desde que mereceu a morte

e recebeu a maldição, maldição de que Cristo Senhor nos libertou?

Não há então, irmãos, por que murmurar, como alguns deles murmuraram, como disse o

Apóstolo, e pereceram pelas serpentes (1Cor 10,10). Que tormento novo sofre hoje o gênero

humano que os antepassados já não tenham sofrido? ou quando saberemos nós que sofremos o

mesmo que eles já sofreram? No entanto, encontras homens a murmurar contra seu tempo como

se o tempo de nossos pais tivesse sido bom. Se pudessem retroceder até os tempos de seus avós,

será que não murmurariam? Julgas bons os tempos passados porque já não são os teus, por isto

são bons.

Se já foste liberto da maldição, se já crês no Filho de Deus, se já estás impregnado ou instruído

das Sagradas Escrituras, admiro-me de que consideres bons os tempos de Adão. Esqueces que

teus pais traziam consigo o mesmo Adão? Aquele Adão a quem foi dito: No suor de teu rosto

comerás teu pão e lavrarás a terra donde foste tirado; germinarão para ti espinhos e abrolhos

(cf. Gn 3,19 e 18). Mereceu isto, aceitou-o, como vindo do justo juízo de Deus. Por que então

pensas que os tempos antigos foram melhores que os teus? Desde aquele Adão até o Adão de

hoje, trabalho e suor, espinhos e cardos. Caiu sobre nós o dilúvio? Vieram os difíceis tempos de

fome e de guerra,que foram escritos para não murmurarmos agora contra Deus?

Que tempos aqueles! Só de ouvir, só de ler, não nos horrorizamos todos? Mais razões temos

para nos felicitar que para murmurar contra o nosso tempo.

Fonte: Católico Orante.

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Paróquia Imaculado Coração de Maria

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