Oração do dia 13/08
Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Do Sermão sobre o batismo, de São Paciano, bispo
(Nn.6-7: PL 13,1093-1094) (Séc.IV)
Quem semelhante a ti, ó Deus, que apagas a iniquidade?
Como trouxemos a imagem do homem terrestre, levemos a daquele que vem do céu; porque o primeiro homem, da terra, é terrestre, o segundo, do céu, é celeste (cf. 1Cor 15,47-49). Assim agindo, diletíssimos, já não mais morreremos. Mesmo que nosso corpo se desfaça, viveremos em Cristo, conforme ele mesmo disse: Quem crer em mim, mesmo que esteja morto, viverá (Jo 11,15).
Pelo testemunho do Senhor estamos certos de que Abraão, Isaac, Jacó e todos os santos de Deus vivem. Destes mesmos diz o Senhor: Todos para ele vivem; Deus é Deus dos vivos, não dos mortos (cf. Mt 22,32). E o Apóstolo fala de si: Para mim, viver é Cristo e morrer, um lucro; desejo dissolver-me e estar com Cristo (cf. Fl 1,21-23). De novo: Quanto a nós, enquanto estamos neste corpo, peregrinamos longe do Senhor. Pois caminhamos pela fé, não pela visão (2Cor 5,6). É isto o que cremos, irmãos caríssimos. De resto: Se apenas para este século temos esperança, somos os mais deploráveis de todos os homens (cf. 1Cor 15,19). Como se pode ver, a vida no mundo é a mesma para nós e para os animais, as feras e as aves. A vida deles pode até ser mais longa do que a nossa. Mas o que é próprio do homem, que Cristo deu por seu Espírito, é a vida perpétua, contanto que não mais pequemos. Porque como a morte se encontra na culpa e é evitada pela virtude, assim o mal faz perder a vida, a virtude a sustenta. Paga do pecado, a morte; dom de Deus, a vida eterna por Jesus Cristo, nosso Senhor (Rm 6,23).
É ele quem nos redime, perdoando-nos todo o pecado, assim fala o Apóstolo, destruindo o quirógrafo da desobediência lavrado contra nós; tirou-o do meio de nós, pregando-o na cruz. Despindo a carne, rebaixou as potestades, triunfando livremente delas em si mesmo (cf. Cl 2,13-15). Libertou os acorrentados, rompeu nossas cadeias, como Davi predissera: O Senhor levanta os caídos, o Senhor liberta os cativos, o Senhor ilumina os cegos (cf. Sl 145,7-8). E ainda: Rompeste minhas cadeias, sacrificar-te-ei uma hóstia de louvor (Sl 115,16-17). Libertados das cadeias, logo nos reunimos, pelo sacramento do batismo, o sinal do Senhor, livres pelo sangue e pelo nome de Cristo.
Por conseguinte, queridos, somos lavados de uma vez, libertados de uma vez, de uma vez acolhidos no reino imortal. De uma vez para sempre são felizes aqueles aos quais os pecados foram perdoados e cobertas as culpas (cf. Sl 31,1). Segurai com força o que recebestes, guardai-o bem, não pequeis mais. Preservai-vos puros do mal e imaculados para o dia do Senhor.
Fonte: Católico Orante.
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