Oração do dia 05/05
Ó Deus todo-poderoso, concedei que, conhecendo a ressurreição do Senhor e a graça que ela nos trouxe, ressuscitemos para uma vida nova pelo amor do vosso Espírito. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Dos Sermões de Santo Efrém, diácono
(Sermo de Domino nostro, 3-4.9:Opera edit. Lamy, 1,152-158.166-168) (Séc. IV)
A cruz de Cristo, salvação para o gênero humano
Nosso Senhor foi calcado pela morte mas, por sua vez, esmagou-a como quem soca com os pés
o pó da estrada. Sujeitou-se à morte e aceitou-a voluntariamente, para destruir aquela morte que
não queria morrer. Nosso Senhor saiu para o Calvário carregando a cruz, para satisfazer as
exigências da morte; mas, ao soltar um brado do alto da cruz, fez sair os mortos dos sepulcros,
vencendo a oposição da morte.
A morte o matou no corpo que assumira; mas ele, com as mesmas armas, saiu vitorioso da
morte. A divindade ocultou-se sob a humanidade e assim aproximou-se da morte, que matou,
mas também foi morta. A morte matou a vida natural e, por sua vez, foi morta pela vida
sobrenatural.
A morte não poderia devorá-lo se ele não tivesse um corpo nem o inferno tragá-lo se não
tivesse carne. Foi por isso que desceu ao seio de uma Virgem para tomar um corpo que o
conduzisse à mansão dos mortos. Com o corpo que assumira, lá entrou para destruir suas
riquezas e arruinar seus tesouros.
A morte foi ao encontro de Eva, a mãe de todos os viventes. Ela é como uma vinha cuja cerca
foi aberta pela morte, por meio das próprias mãos de Eva, para que pudesse provar de seus
frutos. Então Eva, mãe de todos os viventes, tornou-se fonte da morte para todos os viventes.
Floresceu, porém, Maria, a nova videira, em lugar de Eva, a antiga videira; nela habitou Cristo,
a nova vida, a fim de que, ao aproximar-se a morte com sua habitual segurança para alimentar a
fome devoradora, encontrasse ali escondida, no seu fruto mortal, a Vida destruidora da morte.
Quando, pois, a morte engoliu sem temor o fruto mortal, ele libertou a vida e com ela,
multidões.
O admirável filho do carpinteiro, que levou sua cruz até os abismos da morte que tudo
devoravam, também levou o gênero humano para a morada da vida. E uma vez que o gênero
humano, por causa de uma árvore, tinha se precipitado no reino das sombras, sobre outra árvore
passou para o reino da vida. Na mesma árvore em que fora enxertado um fruto amargo, foi
enxertado depois um fruto doce, para que reconheçamos o Senhor a quem criatura alguma pode
resistir.
Glória a vós, que lançastes a cruz como uma ponte sobre a morte, para que através dela as
almas possam passar da região da morte para a vida!
Glória a vós, que assumistes um corpo de homem mortal, para transformá-lo em fonte de vida
para todos os mortais!
Vós viveis para sempre! Aqueles que vos mataram, trataram vossa vida como os agricultores:
enterraram-na como o grão de trigo; mas ela ressuscitou e, junto com ela, fez ressurgir uma
multidão de seres humanos.
Vinde, ofereçamos o grande e universal sacrifício do nosso amor. Entoemos com grande alegria
cânticos e orações àquele que se ofereceu a Deus no sacrifício da cruz, para nos enriquecer por
meio dela com a abundância de seus dons.
Fonte: Liturgia das Horas.
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Marciel Lombardi
Gostaria de receber todos os dias oração do dia. Moro em São Mateus ES.
Desde já agradeço
Att.
Marciel
09:08 - 05/05/2017