Oração do dia 04/02
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II
(N.35-36) (Séc.XX)
A atividade humana
A atividade humana origina-se no homem e para o homem se ordena. De fato, ao
trabalhar, o homem não apenas modifica os seres e a sociedade, mas aperfeiçoa-se a si
também. Aprende muitas coisas, desenvolve suas faculdades, sai de si mesmo e se
supera.
Este crescimento, se bem entendido, vale muito mais que toda a riqueza que possa
ajuntar. O homem vale mais pelo que é do que pelo que tem.
Igualmente, tudo quanto os homens fazem para obter maior justiça, fraternidade mais
larga e uma ordem mais humana nas relações sociais, tem maior valor do que os
progressos técnicos. Estes podem proporcionar base material para a promoção humana,
mas, por si sós, não conseguem realizá-la.
Esta é, pois, a norma da atividade humana: que corresponda ao genuíno bem da
humanidade, de acordo com o desígnio de Deus, e permita ao homem, como indivíduo
ou como membro da sociedade, a plena realização de sua vocação.
Contudo, muitos contemporâneos parecem temer um vínculo muito estreito entre a
atividade humana e a religião. Vêem nisso um perigo para a autonomia das pessoas, das
sociedades e das ciências. Se por autonomia das realidades terenas entendemos que
toda criatura e as sociedades gozam de leis e de valores próprios, que o homem deve
gradualmente reconhecer, utilizar e organizar, tal exigência de autonomia é plenamente
legítima. Não só é exigida pelos homens de hoje, mas concorda com a vontade do
Criador. Em virtude mesmo da criação todas as coisas possuem consistência própria,
verdade, bondade, leis e ordens específicas. Deve o homem respeitá-las reconhecendo
os métodos próprios de cada ciência e técnica.
Seja-nos, portanto, permitido deplorar certas atitudes existentes mesmo entre cristãos,
insuficientemente advertidos da legítima autonomia da ciência, que levaram, pelas
tensões e controvérsias suscitadas, muitos espíritos a julgar que a fé e a ciência se
opõem.
Se, porém, por “autonomia das realidades temporais” se entende que as criaturas não
dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem qualquer referência ao Criador,
quem reconhece a Deus não pode deixar de perceber a que ponto é falsa esta afirmação.
Porque, sem o Criador, a criatura se reduz a nada.
Fonte: Liturgia das Horas.
About Author
[email protected] Avenida Getúlio Vargas, 1193 - Rebouças - Curitiba/PR (41) 3224.9574 - Secretaria Paroquial
Leave a Reply