“Independência ou Morte!”

No dia 07 de setembro de 1822, às margens do rio Ipiranga, D. Pedro I deu seu grito de liberdade em relação à coroa portuguesa. Decidiu dar autonomia. Separou-se do que aparentemente era uma tirania. O grito de “Independência ou Morte” resolveu realmente a situação? Deixamos de ser livres? De sermos escravizados? Nos tornamos uma nação próspera? Perguntas como estas nos levam a pensar que pouco se resolveu, sobretudo depois da Proclamação da República e da instituição da democracia.

“Independência ou Morte” ou morte da independência?

Há anos que o Brasil vem celebrando sua morte, sua decadência e descrédito por causa de um sistema político que tem fabricado corruptos e falsos governantes. Todos os dias nos deparamos com a falta de ética dos nossos parlamentares, juízes, senadores, deputados, governadores, prefeitos, vereadores, presidente. A independência tão desejada se revoltou. Hoje estamos aprisionados e dependentes de um sistema administrativo falido que tem sugado a dignidade e ceifado vidas inocentes. Sim, estamos dependentes daqueles que nos matam com suas atitudes egoístas e idolátricas.

A ganância e o serviço a deus dinheiro tem arrasado ferozmente nossa nação e produzido uma crescente onda de marginalidade, crimes e violência de todo tipo. Tudo está enfraquecido. Há quem diga que não há mais solução. No entanto, temos que fazer ecoar um grito novo de liberdade e independência em relação a estes que nos representam e que a cada dia tem tirado o sonho de felicidade de um povo. Não podemos perder a vida por causa de políticos bandidos que usam nosso dinheiro e o patrimônio público para suas orgias milionárias. Precisamos reformar a política e principalmente o caráter desses seres que deveriam desempenhar com amor o que lhes foi confiado.

É urgente a tomada de consciência para um novo grito de independência, a independência da morte, sim!, dessa estrutura hipócrita composta de homens e mulheres de má vontade que se dizem nossos representantes, mas que outrora nos roubam, somem e negam seus atos quando a responsabilidade bate à porta. Estamos cansados de mentiras e desculpas. Queremos que nos devolvam o que é nosso para ser investido nos milhões de brasileiros vítimas dessa incompetência demoníaca de quem se julga no direito de fazer o que bem quer do erário público.
Sete de setembro é dia de refletirmos sobre o país e fazer ecoar nosso clamor pela vida e pela dignidade do povo brasileiro cansado e sofrido, ainda dependente da coroa dos políticos e das leis injustas que ferem a Constituição e sempre abre brecha para novos crimes.

Busquemos educar as novas gerações que governarão o país através de uma formação ética e moral séria, pois a atual já está suja e condenada. Certamente há muitas pessoas de boa vontade dentro dessa instituição legislativa, executiva e judiciária, no entanto, seu testemunho está abafado pelo império dos egoístas que resumiram sua existência no materialismo se esquecendo que daqui não levaremos absolutamente nada e ainda correremos o risco de ficar do lado de fora quando a porta do paraíso se fechar.

Deus abençoe e guarde nossa amada Pátria.

Pe. Nilton Cesar Boni cmf

About Author

Padre Niton Cesar Boni

Missionário Filho do Imaculado Coração de Maria - Claretiano. Bacharel em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais/SP e Teologia pelo Studium Theologicum de Curitiba/PR. Pós-graduado em Espiritualidade pela FAVI. É vigário paroquial da Paróquia do Imaculado Coração de Maria e formador dos estudantes de teologia. | Contato: [email protected]

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