Claret Contigo – Meditação Diária
Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador
08 de dezembro de 2019
“Você sabe, meu amigo, que Maria Santíssima é obra de Deus e é a mais perfeita que saiu de suas mãos, depois da Humanidade de Jesus Cristo. Nela brilham, de um modo muito especial, a Onipotência, a Sabedoria e a Bondade do mesmo Deus. É próprio de Deus dar a graça a cada criatura segundo o objetivo a que a destina e como Deus destinou Maria para ser Mãe, Filha e Esposa do mesmo Deus e Mãe do homem, daqui se conclui que Coração lhe daria e com que graças o adornaria!” (Carta a um devoto do Coração de Maria, em EC II, p. 1498).
MARIA, OBRA DE DEUS
Os especialistas em teologia espiritual nos dizem que podem existir qualidades ou talentos ocultos e assim permanecerão se não houver intervenção da Graça. Sem dúvida nenhuma, o amor de Deus que encheu Maria com sua Graça fez com que a perfeição que aninhava dentro dela viesse à tona. Mas também saiu abundantemente o sentimento de pequenez e por isso ficou perturbada ao ser chamada pelo Anjo: “cheia de Graça”.
A criatura mais perfeita, como diz Claret, que saiu das mãos de Deus precisou do ânimo que o Arcanjo enviado lhe oferece ao comunicar-lhe a missão que vai ser a Ela encomendada. Direi com palavras do Papa Bento XVI do dia 18 de dezembro de 2005: “Não temas, Maria, lhe diz o Anjo. Realmente, havia motivo para temer, porque levar agora o peso do mundo sobre si, ser a mãe do Rei universal, ser a mãe do Filho de Deus, constituía um grande peso, um peso muito superior às forças do ser humano. Mas o Anjo lhe diz: ‘Não temas. Sim, tu levas Deus, mas Deus te leva. Não temas’”.
Mas agora gostaria de contemplar este Coração e estas graças que Deus derramou na humilde Nazarena. E acontece a mim o que aconteceu com o menino que, quando viu no cinema o grande mar, lhe veio uma grande vontade de vê-lo realmente. E começou a insistir com os pais, que estavam no interior, que o levassem a ver o mar. Os pais lhe prometeram a viagem desejada. Prepararam tudo nos mínimos detalhes. Chegaram de noite ao hotel e logo foram a dormir, para ver o mar com a aurora. Não foi preciso chamar o menino duas vezes e saíram a ver o mar no momento em que o sol aparecia ao fundo e seus raios se refletiam sobre a superfície azul. Dobraram a esquina e, diante dos olhos, o mar! O menino ficou sem respiro e, afinal, exclamou: papai, mamãe. Ajudem-me a olhar!
É meu clamor ao tentar contemplar Maria. Grito ao Espírito Santo: Ajuda-me a olhar!
Tradução: Padre Oswair Chiozini.
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