Claret Contigo – Meditação Diária
Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador
30 de outubro de 2019
O mundo sempre tem procurado impedir-me e perseguir-me; mas Deus nosso Senhor tem cuidado de mim e destruiu todos os planos de iniquidade. Aut 477
PERSEGUIDO E PROTEGIDO
Claret escrevia estas linhas em 1862, quando ainda lhe restavam oito anos de vida e de sofrimento: atentados, tentativas de envenenamento, difamações em livros, revistas e pasquins; até em caixas de fósforo se publicavam caricaturas provocantes e versos satíricos. Talvez tenha sido o personagem mais perseguido da história da Igreja.
A pergunta que surge é: o que fazia Claret para suscitar tantas iras ao redor da sua pessoa? Não foi um personagem qualquer; entregou-se à pregação popular e reuniu multidões ao redor de si, o que, em tempo de guerra civil, era suspeitoso. Mais de uma vez sua pregação sobre a moral evangélica converteu algumas pessoas já comprometidas em liderar uma revolução, e com isto a mesma se frustrou. Em Cuba alguns sacerdotes de vida desordenada não puderam suportar sua exigência de fidelidade aos compromissos morais, espirituais e pastorais adquiridos; os fazendeiros e escravistas viram nele uma ameaça para seus negócios; e os governantes não toleraram que se colocasse acima das leis racistas no referente ao matrimônio.
O Papa Bento XVI, ao comentar as tentações de Jesus, fala de uma constante tentação do homem: “colocar ordem no nosso mundo sozinhos, sem Deus. Reconhecer como verdadeiras somente as realidades políticas e materiais e deixar a Deus de lado como algo ilusório” (p. 52 Jesus de Nazaré). Claret, arauto do Deus presente e atuante, denunciou o ateísmo prático incipiente em seu tempo, por isso foi rejeitado: o ‘mundo’ tinha que oferecer resistência a tal anúncio. Mas Jesus já afirmou profeticamente: “o príncipe deste mundo é lançado para fora” (Jo 12, 31). Claret colaborou com isto.
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