Claret Contigo – Meditação Diária
Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador
27 de dezembro de 2019
“Quando for dormir dirigirei meu coração ao templo que esteja mais perto para pensar no Senhor Sacramentado, suplicando aos Anjos que velem por mim e assim enquanto eu durmo, para fazer a vontade de Deus, meu coração estará vigilante” (Propósitos do ano de 1868; em AEC p. 721).
MISTERIOSA PRESENÇA
Claret orava sempre, inclusive quando dormia. Sabemos que dormia pouco e este texto nos diz que procurou fazer do sono oração. Isto quer dizer que para quem vive consagrado ao Senhor não existem atos totalmente seculares ou ‘neutros’. Tudo o que faz ou diz adquire uma dimensão superior. É muito estimulante ver que Claret satisfazia a necessidade corporal do sono como um ato de entrega à vontade de Deus. Ele somente queria sentir Deus em tudo. Sentia-se tão unido a Cristo que enquanto se vestia pela manhã, pensava na encarnação, com a qual o Senhor se vestiu de humanidade; e pela noite, ao despir-se, seu sono e sua cama lhe lembravam a sepultura. Era uma intimidade sentida quase fisicamente. Com que liberdade chamava os Anjos para que velassem em seu lugar diante do sacrário! Maravilhosa percepção da presença de Deus.
Podemos dizer que se trata de uma graça especial que somente a ele foi concedida? Não creio. É um claro patrimônio que todos nós herdamos dele. Este traço distintivo é uma dádiva para nós, que vivemos em um mundo tão barulhento e agitado. A percepção da presença de Deus no íntimo de nós mesmos será fruto de oração frequente, prolongada e profunda. E é um fator chave em nosso crescimento espiritual.
Esta oração se chama hoje “vida em oração”, já que nossos corações estão permanentemente nas mãos de Deus, ao longo de todo o dia, inclusive durante o sono. E esta espiritualidade é muito adequada à geração presente, que frequentemente está tomada por agendas estressantes e trabalhos ininterruptos, sem tempo para deter-se, orar, descansar, refletir, relaxar-se.
A oração vital é um ato contínuo de presença de Deus em nossa mente, tendo-O no centro de tudo, de modo que cada palavra e cada ação provêm da sua silenciosa assistência. É assim como o Reino de Deus vem a nós: introduzimos Deus nas realidades terrenas e mantemos viva a orientação do mundo para seu criador.
Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf
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