Claret Contigo – 25 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

25 de maio de 2020

“Quando o homem é fiel e responde com grande força de vontade, pode fazer grandes coisas. E, se é perseverante, sem deixar nem afrouxar no que iniciou, é inexplicável o que faz; sempre, no entanto, ajudado pela graça de Deus. Ditoso quem for fiel… quem não se orgulha de si mesmo, mas põe toda confiança em Deus, não atribui nada a si mesmo e tudo a Deus; quem não fala de si, nem para louvar-se, nem para desprezar-se, mas que cala; quem pensa no que faz, porque o faz de Deus, por Deus e para Deus” (Notas sobre o Concílio Vaticano I, em AEC, p 579).

QUE SIGNIFICA FIDELIDADE?

Todos nós temos um conhecimento experiencial do que é fidelidade. Na amizade, na vida conjugal, no âmbito do trabalho…

Ela expressa o modo como nos colocamos em nossas relações com quem está presente em nossa vida e significa algo para nós; alguém que, enquanto outro, ao mesmo tempo nos transcende e pode enriquecer-nos como pessoas. Fidelidade tem algo a ver com fé, elemento fundamental na convivência humana e que implica antes de tudo aceitação do outro como pessoa e, logo, da sua palavra e do seu testemunho cuja validez não se discute, gerando em nós um compromisso, uma conduta coerente.

Quando nós cristãos falamos de fé e fidelidade, fazemos referência, sobretudo, à nossa relação com este Alguém que é Deus, cujo rosto e cuja Palavra se manifestaram em Jesus, o Filho. Com sua presença, seus fatos e sua mensagem, Jesus é a testemunha fiel (cf. Ap 1,5). Ser discípulos de Jesus implica fidelidade á sua palavra e à sua proposta, manifestada em fatos: fidelidade que se constrói no tempo, com a perseverança de quem se reconhece discípulo em todas as etapas e encruzilhadas da vida.

A atitude fundamental do discípulo, consciente de que isto não foi uma conquista própria, mas graça e convite do Senhor, não pode ser outra senão a de humildade e de agradecimento. Tudo o que alguém consegue fazer, diz Claret, é fruto do amor de Deus, é obra da sua graça e tem como objetivo a manifestação da sua glória. Daí que os sentimentos e a linguagem do discípulo devem ser de louvor do Senhor, com esquecimento de si mesmo.

Vivida assim, a fidelidade passa do puro cumprimento de um dever à categoria de um ato de amor, uma vida de amor.

É muito importante que nos perguntemos se nossa vida se constrói somente sobre obrigações ou se está sustentada por opções inspiradas em um amor fiel, que pode enchê-la de alegria e convertê-la em boa nova para os demais.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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