Claret Contigo – 24 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

24 de setembro de 2020

“No dia 24 de setembro (…), o Senhor me fez entender aquilo que diz o Apocalipse (10, 1): Vi também outro anjo valoroso baixando do céu, revestido de uma nuvem …); ele tinha em sua mão um livro aberto e colocou seu pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra (primeiro em sua diocese na Ilha de Cuba e depois nas demais dioceses). E deu um grande grito, à maneira de um leão quando ruge. E depois de ter gritado, sete trovões articularam suas vozes. Aqui vêm os filhos da Congregação do Imaculado Coração de Maria…” (Aut 686).

ENTENDER A PALAVRA

Há fatos impactantes que gravamos até os detalhes. Claret relembra a data, pois naquele dia entendeu umas palavras misteriosas que o rondavam, uma visão do Apocalipse que lhe vinha tirando o sono. Entender a Palavra é um dos passos para que a Bíblia chegue a ser Palavra de Vida. Claret não se conforma com ler a Escritura, já o faz e muito, desde pequeno. Dá voltas, rumina, como Maria, até que se ‘encarna’ também nele.

E foi o Senhor quem o fez entender a passagem do Apocalipse. Não deixa de viver a graça de ser discípulo: está na escuta; e o Senhor, como aos discípulos de Emaús, lhe abre os olhos do coração para que entenda as Escrituras. Mas, o que o Senhor lhe quer dizer? Claret compreende que o Senhor lhe fala e o compromete; o envia ao mundo inteiro. Na visão do Anjo vê e entende a Congregação de Missionários que fundou. Ele e ela devem ser mensageiros de Deus, Anjos, que devem armar-se de valentia e de agilidade.

Tem em suas mãos um livro aberto: a Palavra que ilumina a história para que seja transformada no Reino de Deus. Os pés do mensageiro apontam o espírito universal que devem ter quantos participem do carisma de Claret: abranger mar e terra; o lugar onde se está e o impulso missionário de ir por todo o mundo.

Os Filhos do Imaculado Coração de Maria são: missionários, itinerantes, disponíveis, com sentido de universalidade. E sua palavra deve ressoar com a força do rugido do leão e de sete trovões. Faz-se ouvir, não passa inadvertida a palavra; inquieta e desperta a quem a ouvem. Quantos participam da espiritualidade claretiana são servidores da Palavra, que, como a chuva, fecunda a terra, dá fruto, transforma, revitaliza. Claret alimenta seu ser missionário escutando a Palavra. Entendê-la é deixar-se modelar por ela, colocar-se no querer de Deus.

Como leio eu a Palavra? Posso dizer que o Senhor me faz entendê-la? Em que chaves interpreto a Palavra? Chega a fazer-se vida em mim?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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