Claret Contigo – 24 de março
Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador
24 de março de 2020
“A alma que com a meditação não se coloca nas asas da fé para chegar até o Criador, que é mais belo que todas as coisas… a alma a quem a oração não lhe tem proporcionado nunca (porque não o fez) o sabor antecipado dos deleites infinitos do céu está indefesa contra os atrativos das belezas terrenas; passando de um ídolo a outro, acabará por adorar tudo, menos a Deus… Como consta na experiência de todos os séculos e se lê nas histórias. O culto da carne, quando não é o princípio dos extravios do entendimento, é sempre sua consequência” (Carta ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona 1862, p. 25).
ADORAR AO DEUS VERDADEIRO
Isaac Newton disse: “Posso pegar meu telescópio e escrutar milhões de quilômetros no espaço, mas também posso isolar-me em meu quarto e aproximar-me mais do Deus do céu com a oração do que com todos os telescópios da terra”. A oração e a meditação baixam o céu para a terra ou, melhor, por seu intermédio chegamos mais perto de Deus.
A presença providente de Deus se encontra em toda criação e quem O busca O encontra em tudo, porque Ele está em tudo o que criou. Tudo o que podemos encontrar na terra deve iluminar nossa visão interior para percebê-Lo. Quando a criatura não manifesta o Criador, mas nos amarra às criaturas, sejam coisas ou pessoas, se transformam em ídolos que prendem nossos sentidos e aprisionam nosso espírito até ficarmos encarcerados pela caducidade do mundo.
O amor carnal, como nos dias de Claret, é uma das idolatrias escravizadoras, cujos tentáculos se alargam hoje inclusive entre sacerdotes e religiosos; existem histórias tristes e recentes. O amor ao dinheiro é outro ídolo incontrolável que faz com que até as mais sublimes relações humanas se convertam em frio comércio. Quanto mais confinado e prisioneiro está o espírito humano, tanto mais experimenta em seu interior a fome de transcendência e libertação. Hoje se percebem muitos sinais disto.
O desprendimento é o mantra que se deveria seguir no que se refere às coisas criadas, já que somente Deus merece nossa adesão incondicional. E somente assim teremos algo que dizer ao mundo de hoje. O povo espera dos crentes uma autêntica experiência de Deus e, se não encontra neles, buscam-na em outra parte.
Nós, sacerdotes, religiosos e leigos devemos ser pessoas de oração, experimentadas nos caminhos de Deus, com nosso pensamento e vida dirigidos a Ele. Você e eu herdamos uma rica espiritualidade de contemplação na ação. Cultivamo-la?
Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf
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