Claret Contigo – 22 de janeiro
Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador
22 de janeiro de 2020
“Oh! Meu Deus! Eu não quero nada deste mundo; não quero mais que vossa divina graça, vosso santo amor e a glória do céu” (Aut 636).
META FINAL
Nós nos tornamos míopes, com a vista cansada e curta. Conforme avança a vida, perdemos de vista o horizonte, nos adaptamos ao pequeno. Conforme vamos perdendo as forças, os sonhos e a vontade de abrir caminhos novos vão se embora; custa-nos levantar o olhar e, ainda mais, o voo; custam-nos as mudanças e nos vamos conformando com voos curtos. Muitas vezes nos resignamos a ser aves de quintal, embora chamados a sermos aves de altura. Pode ser que tenhamos permanecido olhando para trás, afogados pelas lembranças e nos entretemos com as coisas pequenas daqui de baixo.
Hoje Claret nos convida a pensar no céu e a fazê-lo com frequência. Como bom missionário, sabe que se deve propor a meta para levantar o ânimo, para que ninguém durma e fique pelo caminho. Devemos falar do céu, para não perdermos de vista o horizonte e estarmos conscientes do desenvolvimento da vida e da história.
Pensar no céu não é falar de um lugar. É colocar o olhar na meta da vida em plenitude, do amor, do banquete de todos, da cidade nova, do Reino totalmente realizado.
Falar do novo céu nos coloca a caminho, em êxodo. Convida-nos a deixarmos as escravidões que nos ligam e enrolam, propondo-nos pequenos céus, para caminhar, com a liberdade dos filhos de Deus, para “um novo céu e uma nova terra onde habite a justiça” (2Pd 3,13).
Falar do céu é não perder a inquietação nem o gosto pela utopia do outro mundo possível; antes, é não conformamo-nos com qualquer ópio, embora tenha forma de religião.
E quando deixarmos de falar do novo céu, aparecerão muitas ofertas novas de pequenos céus, mais próximos, mais a meu gosto, mas sem dúvida mais passageiros, descartáveis, realmente pseudos céus.
Estamos recebendo ofertas de pequenos e imediatos céus? Com que atitude espero novo Céu e nova terra?
Pai nosso, que estais nos céus, não nos deixeis cair na tentação de conformarmo-nos com pequenos e artificiais céus.
Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf
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