Claret Contigo – 14 de março
Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador
14 de março de 2020
“Quantos e quantas pessoas, homens e mulheres, conhecidas, que em meio ao barulho das ruas e praças, sabem encontrar em seu coração, onde Deus lhes fala, uma solidão que dificilmente se encontraria igual em Tebaida!” (Carta ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona 1862, p. 20).
RECOLHIMENTO NO BARULHO
Vivemos em um mundo endoidecido pela velocidade e pelo ruído; em um mundo para muitos: insuportável, que impede a concentração no trabalho e no descanso; em um mundo que parece ir a galope, como um potro desembestado.
Quando e onde encontrar um refúgio, um momento de calma e tranquilidade, de sossego, de paz interior? É preciso, e talvez urgente, buscar tempo e lugar para desfrutar um pouco de solidão, onde Deus fala ao coração e podermos nos encontrar com Ele, distantes de toda distração; para expressar nossos sentimentos mais íntimos; para deixar-nos amar por quem tanto nos ama; para saborear e ver quão bom é o Senhor nesta solidão sem barulho, nesta ilha que, com os olhos e os ouvidos fechados, podemos criar dentro de nós para olhar nosso Deus e Senhor e encontrar “a música suave, a solidão sonora, a cena que recria e enamora”, como diz São João da Cruz.
Convém levar em conta estas palavras de Bento XVI na exortação apostólica Verbum Domini: “a grande tradição patrística nos ensina que os mistérios de Cristo estão unidos ao silêncio e somente nela a Palavra pode encontrar morada em nós, como aconteceu em Maria, mulher da Palavra e do silêncio inseparavelmente” (n. 66).
No silêncio e no recolhimento é onde, com maior profundidade e nitidez, se pode escutar e meditar a voz de Deus que nos fala em sua Palavra de luz e de vida.
Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf
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