Claret Contigo – 14 de junho
- By: Paróquia Imaculado Coração de Maria
- Posted on: 14/06/2020
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Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador
14 de junho de 2020
“Não é coisa árdua nem difícil trabalhar quando se vê fruto, pagamento ou gratidão pelo trabalho. Ninguém admira o trabalho do lavrador porque se vê este trabalho recompensado com os frutos do campo ou da vinha; mas trabalhar sem nenhuma utilidade, recompensa ou pagamento, e, pelo contrário, receber do trabalho somente ingratidão, mesmo quando se tem trabalhado com cuidado, sem cansar-se e constantemente até completar a obra, para isto se requer um herói cristão e é próprio daquelas almas que, embora vivam no mundo, não buscam nada do mundo e em todos os seus trabalhos não têm outro fim senão a vontade de Deus” (O amante de Jesus Cristo. Barcelona, 1848, p.106)
TRABALHO INFATIGÁVEL
Onde melhor se reflete a última motivação da vida de Claret, a que dá razão do seu incansável trabalho missionário, é na que se chama “oração apostólica”. Foi nos Propósitos de 1862 quando a escreveu por primeira vez e logo em sua Autobiografia (nº 233): “Pedirei ao Senhor: que O conheça e que O faça conhecido. Que O ame e O faça amado. Que O sirva e que O faça servido…” (AEC p. 698).
Para poder trabalhar incansável e gratuitamente precisamos da ajuda do Senhor. Por isso a pede. Nem todos nós temos o mesmo temperamento ativo de Claret, mas todos nós podemos receber o dom da entrega à própria missão sem condições. Para isso é preciso, primeiro, conhecer a Deus, conhecendo-O, será possível amá-lo; e amando-O, será fácil servi-lo. Não se trata de agir, mas de deixar-se mover.
Vendo os Propósitos que fez Claret em 1857, por exemplo, podemos entender em que consistia seu trabalho nesta etapa da sua estadia em Madri: “Visitarei com muita frequência os hospitais, os cárceres e demais casas e estabelecimentos de beneficência e lhes procurarei os socorros espirituais e corporais que possa. Procurarei o bem que possa aos sacerdotes por meio das conferências literárias e espirituais: dando-lhes livros, etc.” (AEC, p. 682). É como um criado de Cristo: que faz unicamente o que seu amo quer. Os bons criados não esperam mais recompensa que o agrado que produzem ao seu senhor.
Desde esta perspectiva, não é difícil superar os momentos de desânimos que às vezes nos sobrevêm. Basta pensar que, embora nada fique sem recompensa, a maior recompensa é a de ter servido tão grande Senhor, de quem recebemos quando somos e temos. No fundo, trabalhar para Ele é devolver-lhe algo do muito que recebemos.
Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf
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