Claret Contigo – 04 de agosto

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

04 de agosto de 2020

“Se você visse seu pai levar pauladas ou facadas, não correria a defendê-lo? E não seria um crime olhar com indiferença seu pai em tal situação? Não seria eu o maior criminoso do mundo se não procurasse impedir os ultrajes que fazem os homens a Deus, que é meu Pai? Ó, meu Pai! Eu o defenderia, mesmo que me custasse a vida” (Aut 204).

DEUS É MEU PAI

Li uma vez esta frase: “É relativamente fácil um pai perdoar a seu filho. Mas é muito difícil que um filho chegue a perdoar a seu próprio pai”. Existe no ambiente uma sentida rejeição pela figura paterna. Hoje em dia se transmite, à maneira de ar que todos respiramos, um dogma social, não escrito, mas persistente e sedutor, na mente de muitos: O pai estorva e causa danos, logo deve ser aniquilado. São muitos os que não perdoam as experiências decepcionantes com respeito à paternidade humana. A morte do pai, em vários níveis: sociais, acadêmicos, econômicos, etc., é mensagem registrada no interior de muitos. Deus está aí incluído. Hoje não é óbvio, nem sequer o foi no passado, aceitar sem problemas a figura paterna.

Contrastam com esta reação as palavras ardentes do Padre Claret com as quais declara sua relação com seu Pai Deus. Nascem, sem dúvidas, de um pressuposto distinto: Claret descobriu Deus como bom pai que cuidou dele sempre. Teve a experiência da gratuidade. Por isso, paga com a mesma moeda, com amor apaixonado de filho. E é um amor tão grande que está disposto a dar a vida por Ele se for necessário para defendê-Lo.

Estas palavras de Claret dizem alguma coisa a nós? Colocar Deus em primeiro lugar, sem dúvida. Mas, antes de tudo, devamos purificar a imagem deformada d’Ele que talvez tenhamos construído em nosso interior. Se nós confundimos Deus com um chefe autoritário, exigente, castigador e controlador; ou com um Deus ausente e desconhecido, que não é nem intuída sua presença, nem é amado e consequentemente não se defende, está claro que este não é o Deus que descobriu o Padre Claret e a quem entregou sua vida. Se Deus não é o mais importante, não existe absolutamente nada importante. Quem despreza a Deus é porque não O conhece.

Que relacionamento você mantém com seu pai ou com quem está em seu lugar? E com Deus? A experiência claretiana lhe diz algo?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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