Claret Contigo – 01 de fevereiro
Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador
01 de fevereiro de 2020 – (atentado Holguín)
“Não posso deixar de explicar o prazer, o gozo e a alegria que sentia minha alma, ao ver que havia conseguido o que tanto desejava, que era derramar meu sangue por amor de Jesus e de Maria e poder selar com o sangue de minhas veias as verdades evangélicas” (Aut 577)
MARTÍRIO GOZOSO PELO EVANGELHO
Aconteceu no dia 1º de fevereiro de 1856, ao entardecer. Claret acabava de pregar em uma igreja de Holguín (Cuba), quando uma pessoa o feriu gravemente com uma navalha. O Arcebispo Missionário experimentou dentro de si a alegria que expressam estas palavras da Autobiografia. Teve a sensação de quem se sente, em meio à dor e às perseguições, confirmado na missão que desempenha. O selo do sangue derramado nesse atentado o faz assemelhar-se a Cristo, seu Senhor. Anos mais tarde expressaria esta mesma convicção diante dos Padres Conciliares do Vaticano I em Roma. Estava já perto da sua morte, depois de uma vida entregue inteiramente ao serviço do Evangelho. Somente lhe faltava a coroa do martírio, e a desejava.
Há heróis e mártires que derramam o sangue por uma causa justa e grande. A pátria e as igrejas conhecem estes gigantes a quem se levantam monumentos ou são colocados nos altares. O livro do Apocalipse enaltece aqueles membros da igreja, enamorados da sua fé e seguidores entusiastas do seu Senhor, que tiveram que sofrer o martírio e deles fala com orgulho: “desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12,11).
Mas dar a vida não é somente derramar o sangue. É entregar cada momento, é cuidar dos pequenos detalhes, é amar cada pequeno esforço que fazemos pela felicidade dos demais. Não há tantos monumentos ou altares dedicados a quem cuida de enfermos, atende sua casa, trabalha pela família, a quem é cidadão comum cumprindo seus deveres, a quem fortalece sua igreja sendo simplesmente transparente e leal.
É uma pena que isto nem sempre se conhece, porque ficam ocultos muitos testemunhos dignos de serem admirados e capazes de estimularem a outros; sua visibilidade à sociedade e à Igreja seria capaz de iluminar a muitos em sua caminhada na prática do bem e em seu ideal por melhorar nosso mundo.
Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf
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