Oração do dia 14/03
Ó Deus, que pela vossa graça inefável nos enriqueceis de todos os bens, concedei-nos passar da antiga à nova vida, preparando-nos assim, para o reino da glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Dos Comentários sobre os Salmos, de São João Fisher, bispo e mártir
(Ps 129: Opera omnia, edit. 1579, p. 1610) (Séc.XVI)
Se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor
Jesus Cristo é o nosso sumo sacerdote e o seu precioso corpo é o nosso sacrifício, que ele ofereceu no altar da cruz para a salvação de todos os homens.
O sangue derramado por nossa redenção não era de novilhos e bodes (como na antiga Lei), mas do inocentíssimo cordeiro Cristo Jesus, nosso Salvador.
O templo onde nosso sumo sacerdote ofereceu o sacrifício não era feito por mãos humanas, mas edificado unicamente pelo poder de Deus. Porque ele derramou seu sangue diante do mundo, que é na verdade o templo construído só pela mão de Deus.
Este templo tem duas partes: uma é a terra que agora habitamos; a outra ainda é desconhecida por nós mortais.
Jesus Cristo ofereceu seu primeiro sacrifício aqui na terra quando padeceu a morte crudelíssima. Em seguida, revestido da nova veste da imortalidade, com seu próprio sangue entrou no Santo dos Santos, isto é, no céu, onde apresentou diante do trono do Pai celeste aquele sangue de valor infinito, que derramara uma vez para sempre por todos os homens cativos do pecado.
Este sacrifício é tão agradável e aceito por Deus que, logo ao vê-lo, não pode deixar de compadecer-se de nós e derramar a sua misericórdia sobre todos os que estão verdadeiramente arrependidos.
É, além disso, um sacrifício eterno. Não é oferecido apenas uma vez cada ano (como acontecia entre os judeus), mas cada dia para o nosso consolo, e ainda mais, a cada hora e a cada momento, para nosso conforto e nossa alegria. Por isso o Apóstolo acrescenta: Obtendo uma eterna redenção (Hb 9,12).
Deste santo e eterno sacrifício, participam todos os que experimentaram a verdadeira contrição e arrependimento dos pecados cometidos, e tomaram a inabalável resolução de não mais voltar aos vícios antigos e de perseverar com firmeza no caminho das virtudes a que se consagraram.
É o que ensina São João com estas palavras: Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto ao Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro (1Jo 2,1-2).
Fonte: Católico Orante.
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