Oração do dia 15/07 – São Boaventura

Evangelho do dia comentado

15 de julho de 2022 – São Boa Ventura

Concedei-nos, Pai todo-poderoso, que, celebrando a festa de são Boaventura, aproveitemos seus preclaros ensinamentos e imitemos sua ardente caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Mateus 12,1-8

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, 12 1 atravessava Jesus os campos de trigo num dia de sábado. Seus discípulos, tendo fome, começaram a arrancar as espigas para comê-las.

2 Vendo isto, os fariseus disseram-lhe: “Eis que teus discípulos fazem o que é proibido no dia de sábado”.

3 Jesus respondeu-lhes: “Não lestes o que fez Davi num dia em que teve fome, ele e seus companheiros,

4 como entrou na casa de Deus e comeu os pães da proposição? Ora, nem a ele nem àqueles que o acompanhavam era permitido comer esses pães reservados só aos sacerdotes.

5 Não lestes na lei que, nos dias de sábado, os sacerdotes transgridem no templo o descanso do sábado e não se tornam culpados?

6 Ora, eu vos declaro que aqui está quem é maior que o templo.

7 Se compreendêsseis o sentido destas palavras: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’… não condenaríeis os inocentes.

8 Porque o Filho do Homem é senhor também do sábado”.

Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho:

A SUPREMACIA DA MISERICÓRDIA

Deixando de lado o legalismo farisaico, Jesus guiava-se pelo princípio da misericórdia, no trato com os seus discípulos. Esta opção prática levava-o a relativizar as exigências da Lei, sempre que estivesse em jogo a sobrevivência do ser humano, quando se tratava de garantir a vida.

O episódio relatado pelo Evangelho revela o entrechoque de posições. Por um lado, os fariseus expressam seu desacordo ao verem os discípulos de Jesus fazerem, em dia de sábado, o que não era permitido – colher espigas. Este gesto era interpretado como um trabalho agrícola. Por outro lado, Jesus aprova a iniciativa dos discípulos, por saber que comiam as espigas para matar a fome.

A atitude de Jesus encontrava um precedente no Antigo Testamento. Quando Davi, fugindo da perseguição de Saul, chegou ao santuário de um lugarejo, o sacerdote não hesitou em dar a ele e a seus companheiros os pães consagrados que, por Lei, só ao sacerdote cabia consumir. Tendo diante de si um bando de fugitivos famintos, o sacerdote teve a sensatez de colocar a Lei em segundo plano.

A piedade orgulhosa dos fariseus, sempre pronta a condenar quem não se submetesse a seus ditames, devia dar lugar a uma visão humanitária da religião. Afinal, as leis existem em função da vida. Seria contraditório que, por causa delas, alguém viesse a morrer.

Fonte: Dom Total.

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