Meditações Pascais – 20 de maio

Ele está no meio de nós

Padre Valter Maurício Goedert

Quarta-feira | 20 de maio de 2020

O ESPÍRITO DA VERDADE (Jo 14,17)

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6). O Espírito da verdade é o de Cristo. Quem não acolhe Jesus não é capaz de reconhecer o seu Espírito. Como Pilatos, o mundo pergunta pela verdade, mas não acolhe a verdade.

Ao falar do Espírito da verdade, Jesus diz que o mundo não o pode acolher, porque não o vê, nem o conhece (Jo 14,17). É um Espírito de vida, de amor, de liberdade, e só o pode conhecer quem se deixa por ele guiar. O mundo não o vê, pois se trata de uma visão interior, de ordem contemplativa. O mundo se move nos meandros da mentira. Não ama, nem acolhe a verdade. No reino da mentira não há lugar para o Espírito da verdade!

“Para ensinar-nos, afirma René Voillaume, o Espírito precisa das palavras de Jesus, que são como que suporte de sua luz. Precisa de suas palavras, de suas idéias, que ele anima silenciosamente com sua linguagem própria… As palavras de Jesus são simples, mas são verdade e vida. Quer se trate de contemplar a verdade, ou de lhe viver a eficácia de amor na conduta de nossa vida, precisamos do Espírito Santo. É aí que o Espírito age, traz sua luz, e atua na revelação que nos foi feita por Jesus” (Cristo, Palavra de Vida Eterna, Ep 1979, pp. 192-193).

Para acolher o Espírito Santo é preciso deixá-lo agir livremente. É preciso humildade verdadeira e acolhimento na fé. A ação do Espírito de Deus, mesmo quando repercute nas obras e nos projetos humanos, dirige-se ao coração do homem para libertá-lo, abrindo caminho para o amor.

“Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,31). O Espírito Santo nos liberta de todos os jugos, de todos os medos, de todas as fraquezas.

SEQUÊNCIA DA FESTA DE PENTECOSTES

“Espírito de Deus,
enviai dos céus
um raio de luz!
Vinde, Pai dos pobres,
dai aos corações
vossos sete dons.
Consolo que acalma,
hóspede da alma,
doce alívio, vinde!
No labor descanso,
na aflição remanso,
no calor aragem.
Enchei, luz bendita,
chama que crepita,
o íntimo de nós!
Sem a luz que acode,
nada o homem pode,
nenhum bem há nele.
Ao sujo lavai,
ao seco regai,
curai o doente.
Dobrai o que é duro,
guiai no escuro,
o frio aquecei.
Dai à vossa Igreja,
que espera e deseja,
vossos sete dons.
Dai em prêmio ao forte
uma santa morte,
alegria eterna.
Amém.”

Livro: Padre Valter Maurício Goedert – Ele está no meio de nós – Meditações Pascais

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